No texto “Política Nacional de Educação Especial” está presente uma breve descrição de como a concepção do sistema educacional foi se alterando ao longo do tempo, passando de uma visão em que os alunos com deficiências, sejam elas quais forem, necessitavam de lugares adequados para os atender, uma vez que, dentre outros motivos, os espaços regulares de ensino não possuíam estrutura para os atender; para uma visão de que o sistema educacional (entenda aqui toda a parte física quanto organizacional e estratégica) deveriam atender estes alunos com deficiência.
Concordo com esta alteração, o sistema regular de ensino deve estar preparado para lidar com diferenças em sala de aula, alunos especiais inclusive, e que uma ferramenta essencial para isto é a comunicação entre os educandos e entre estes e o educador. Nesse sentido, ter conhecimento sobre LIBRAS não contribuiria para facilitar esta comunicação, uma vez que a LIBRAS é um idioma e como tal contempla as problemáticas envolvendo a tradução? Para isto creio que existam dois caminhos, ou o educador se apropria do idioma LIBRAS ou o intérprete se apropria o máximo possível das idéias que serão trabalhadas em cada aula para, com isso, transmitir a mensagem do professor da forma mais fiel possível.
Não sei se estou enganado, não conheço o Braile, mas me parece que o mesmo não se aplica ao Braile, uma vez que não é um idioma e sim uma forma de ler e escrever. Um cego, a não ser que seja surdo também, já cresce imerso dentro de um idioma falado, o que facilita para que ele se aproprie dos signos utilizados no seu idioma natal, o braile é apenas uma forma de representar estes símbolos, não um idioma diferente.
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