quinta-feira, 28 de abril de 2011
Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva de educação inclusiva.
O documento também discute a questão da inclusão dos alunos com necessidades especiais nas escolas regulares, o acesso, permanência, direito a aprendizagem, o atendimento especializado desses alunos, a formação especializada dos professores para tanto, a arquitetura dos prédios a fim de garantir a acessibilidade, entre outros.
O atendimento educacional especializado tido como algo complementar ao ensino da escola regular (currículo obrigatório) é muito coerente uma vez que se propõe a obrigatoriedade de freqüência na escola regular, não tratando as pessoas com necessidades especiais de maneira separada e excludente da sociedade. Assim, não se classifica estes indivíduos por um ou outro aspecto seu, como também tem-se uma perspectiva de inclusão destes sujeitos na sociedade, garantindo o direito destes de participação real na sociedade.
CONAE - eixo III e VI
O documento discute pontos importantes como a questão da democratização da educação, a educação pautada em justiça social e inclusiva, entretanto discute os problemas de acesso, permanência e sucesso escolar de forma muito geral, sem aprofundar nas orientações.
Outro aspecto que me chamou bastante atenção, no documento CONAE, foi o constante uso do conceito de diversidade e de igualdade, fato que me fez lembrar as discussões da disciplina Ep348. A diversidade não tem a ver com a multiplicidade, a diversidade está ligada ao que é idêntico, já a multiplicidade está ligada a diferença, em que a diversidade implica na exclusão, enquanto a multiplicidade na inclusão, pergunto-me então será que esta forma tão generalista do documento de fato aborda uma perspectiva inclusiva?
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Sobre as postagens
Detive-me a ler e a analisar as postagens do blog e estou muito satisfeita com a produções que vocês têm divulgado.Faltam ainda os comentários... Os blogs têm essa finalidade!!!É muito bom para um professor viver esse momento de orgulho e de deslumbramento em relação ao trabalho de seus alunos. Espero que vocês possam sentir o mesmo, um dia.
Profa.Maria Teresa
segunda-feira, 25 de abril de 2011
A educação especial na perspectiva da inclusão escolar
O apartamento das crianças especiais lhes prejudica no seu desenvolvimento e, em diferentes medidas, também no desenvolvimento das crianças sem necessidades especiais, uma vez que o aprendizado se dá na prática social. Logo, o convívio dos especiais com os não-especiais contribui para o desenvolvimento de todas as partes envolvidas, uma vez que lhes permite conhecer e reconhecer as características de uns e de outros, de modo que sejam evitados, desde o quanto antes, entre as crianças, os preconceitos e as discriminações.
O AEE deve ser assumido pelo conjunto de professores de uma escola, tenham eles se especializado nesse atendimento ou não. Todos devem estudar as necessidades das crianças especiais para melhor contribuir para o desenvolvimento de todas as crianças sob a responsabilidade de cada escola.
Qualquer metodologia de ensino deve ser elaborada à luz das demandas das crianças às quais se lhes pretende aplicar esta ou aquela prática de ensino. Os métodos "prontos" costumam desconsiderar diversas necessidades das crianças especiais e atender somente à vontade do professor, livrando-o de maior dedicação e estudo, dos quais dependem uma prática de ensino crescentemente melhor no que diz respeito àquelas referidas demandas dos especiais.
Da solução constante desses problemas depende uma verdadeira inclusão escolar, de modo que a escola não seja simplesmente adaptada para alguns, mas capaz de atender às necessidades de todos.
Organização Institucional: clareza de papéis e o DECRETO Nº 6.571, de 17 de setembro de 2008
Chamo atenção aqui para a expressão “organização institucional”, por permitir uma reflexão sobre um debate ainda em voga e que talvez esteja distante de ser solucionado: o fato da escola como uma Instituição com interesses e estratégias de ação submissas a um planejamento educacional.
Não é difícil conseguir um consenso de que precisamos ter diretrizes para orientar o trabalho pedagógico e que tais diretrizes devem ser tanto discutidas, para seu aprimoramento, quanto seguidas pelas Instituições de Ensino, regulares ou não. O que realmente me parece difícil é a aceitação do papel da Escola e do Estado para assegurar o direito não dos pais, mas do educando em receber uma educação de qualidade e proporcionar a este, meios para seu desenvolvimento cognitivo e obtenção dos conteúdos programáticos.
Numa reflexão rápida chegamos sem dificuldades a conclusão de que a Escola é apenas uma parte do cotidiano dos educandos e que os demais espaços sociais em que vivem são responsáveis por estímulos ou desestímulos envolvendo o processo de ensino aprendizagem do educando. A Escola pode e deve dialogar com estes outros espaços sociais, a fim de promover um melhor desempenho do aluno, porém não pode se confundir com o objetivo destes outros espaços.
Participar de uma igreja, tempo com a família, amigos, cada um tem seu papel e um certo objetivo de ser, o que não cabe aqui pois daria um texto extenso demais para o momento, cabe reforçar que a Escola deve ter claro as diretrizes, os objetivos a que se propôs em seu planejamento pedagógico (para todos os alunos matriculados, portadores ou não de alguma necessidade especial), sem que se confunda o objetivo desta Instituição com o dos outros espaços sociais por qual o aluno transita.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR A ESCOLA COMUM INCLUSIVA
Esse texto aborda todos os assuntos até então tratados em nossa disciplina, o que faz dele um texto interessantíssimo. O texto é bem longo e aborda de forma completa tudo que envolve a inclusão das pessoas especiais não só na escola, mas na sociedade como um todo, pois mexe com os valores e idéias sociais.
Em diversas vezes o texto critica posturas das escolas tradicionais, como o seu sistema de avaliação, sua forma de ensino-aprendizagem e sua organização pedagógica. Acredito que essas críticas se estendem a sociedade, pois a escola sempre retrata um pouco a sociedade para a qual serve.
Refleti muito ao ler esse texto... Questionei-me diversas vezes sobre a possibilidade real de se fazer as mudanças sugeridas neste textos e nas nossas aulas. Como mudar se a sociedade, se o sistema em que vivemos, parece não querer essas mudanças? Na verdade, esse texto me fez começar a entender que, de fato, as mudanças não virão pelas Leis e muito menos virão se esperarmos que outras coisas mudem primeiro, como esperar que a escola se prepare para receber os alunos especiais antes de colocá-los lá, por exemplo. As mudanças devem vir de “dentro” pra “fora”, da escola para a sociedade. Se nós não quisermos mudar, se o coletivo escolar não quiser mudar, então teremos motivos de sobra para não fazermos isso, a sociedade mesma nos dá esses motivos. Porém, se quisermos, precisamos “erguer as mangas” e começar a trabalhar para isso.
Convenção, Diretrizes Operacionais e Lei 6.571, Cartilha
Já a cartilha sobre “O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular” é mais voltado aos pais e professores, muito útil e prático para quem se depara com essa situação, visto que o primeiro impulso das pessoas que os rodeiam é oferecer-lhes ajuda "excessiva". Concordo que necessitem de ajuda, mas esta deve ser natural e espontânea, sem compaixão ou por pena. Pessoas deficientes são tão capazes quanto as que se consideram “normais”.
Tenho gostado muito dos textos lidos, pois ano passado tive a oportunidade de fazer estágio em uma escola de ensino fundamental onde tinham 38 alunos com deficiência e vários em processo de investigação. Pude ver de perto o trabalho que as professoras de educação especial desenvolvem com esses alunos na sala de recursos multifuncionais e também em sala de aula. O que me incomodava era o tempo gasto com eles, apenas uma hora, no máximo duas e uma vez por semana, nos demais dias era por conta da professora que acabava se desdobrando em sala de aula para oferecer aos alunos deficientes um ensino de acordo com suas necessidades, e os demais alunos era necessário preparar outra atividade, o que quase sempre resultava em desordem na classe, já que não era possível atender todos e tudo ao mesmo tempo.
Sendo assim, não foi possível desmembrar os textos citados acima visto que um complementa o outro, sendo todos de grande importância e ganho para a sociedade e para os deficientes.
A Escola Comum na Perspectiva Inclusiva
Acredito que está imagem, descreva muito bem qual é a visão que muitas pessoas e profissionais da educação tem em relação as crianças que possuem necessidades especiais.
Daí a grande importância da nossa disciplina e dos textos que temos trabalhado, pois através destes temos base teórica e política para assim não permitimos que cenas como estas continuem acontecendo na escola e na nossa sociedade.
DIRETRIZES OPERACIONAIS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA EDUCAÇÃO BÁSICA.
A leitura das Diretrizes Operacionais do AEE me proporcionou um melhor entendimento da Política Nacional de Educação Especial e me fez compreender com melhor clareza a questão do oferecimento do Atendimento Educacional Especializado- AEE. Segundo trás a Diretriz:
“Os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, os com transtornos globais do desenvolvimento e os com altas habilidades/ superdotação nas escolas comuns do ensino regular e ofertar o atendimento educacional especializado – AEE, promovendo o acesso e as condições para uma educação de qualidade.” (DIRETRIZES AEE – Pg. 01, 2008).
É muito importante, segundo a citação apresentada acima, saber a que público o atendimento escolar especializado deve ser oferecido e mais uma vez há uma ênfase na questão da matricula de tais alunos em escolas e salas de aula de ensino regular, tendo o atendimento especializado em contra turno ao ensino regular. Fazendo a leitura das Diretrizes pude perceber também o quão importante é essa questão do AEE.
Pontos que me chamaram bastante atenção nas Diretrizes são aqueles que a diretriz coloca a respeito da AEE constar no Projeto político pedagógico da escola e também o que se trata da formação dos professores habilitados para o exercício da docência em uma sala de atendimento especializado. A formação de tais deve ser específica em educação especial.
Para finalizar gostaria de expor que achei bastante rico o documento, pois me fez levantar várias questões a respeito do assunto, quando penso nas escolas onde estagiei e estou estagiando. Será que o AEE consta no PPP da escola? O atendimento especializado acontece no contra turno?
A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR
domingo, 17 de abril de 2011
A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR A ESCOLA COMUM INCLUSIVA
Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica
O documento me ajudou a entender mais sobre o Atendimento Educacional Especializado. O AEE é parte integrante do processo educacional. O documento descreve o público alvo, as atribuições dos professores especializados, que deve considerar as especificidades de cada aluno, entre diversos outros assuntos fundamentais para a inclusão escolar. Acho importante ressaltar que o atendimento especializado deve ser realizado no período inverso da escolarização e tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno. Para que haja de fato a inclusão, deve haver a articulação entre o trabalho dos professores do ensino regular, dos professores que atuam na sala de recursos funcionais e das famílias dos alunos.
Sei que toda escola pública deve oferecer o Atendimento Educacional Especializado, mas nem todas oferecem. Felizmente, tive a oportunidade de ter contato com uma escola na qual havia a sala de recursos multifuncionais e professores especializados. Lendo o documento, percebi que muito pode ser melhorado na escola, pois quase não havia contato entre a professora da sala em que fiz estágio e as professoras do Atendimento Educacional Especializado; pouco consta no PPP a respeito da oferta do AEE; entre outras observações que pude fazer após ler o documento.
A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR - A ESCOLA COMUM INCLUSIVA
O fascículo, muito rico em informações e detalhes, respondeu a várias dúvidas minhas, a vários questionamentos que me fiz no decorrer da disciplina. Assim como outra colega comentou, este fascículo conseguiu conectar as dicussões e assuntos com os quais trabalhamos no decorrer de nossa disciplina.
Segundo o fascículo, a escola comum é inclusiva “quando reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos”; e quando o coletivo escolar participa e assume a tarefa de fazer o “ensino para todos” acontecer de fato - considerando que situações isoladas são insuficientes para fazer da escola, uma escola inclusiva.
Nesse sentido, pude esclarecer algumas dúvidas minhas quanto a responsabilidade do professor “comum”. O coletivo escolar precisa sim trabalhar de forma integrada e democrática visando a inclusão na escola, mas é necessário um profissional responsável pelo AEE que trabalhe no contra-turno (de acordo com a política nacional de educação especial) atendendo os alunos especiais. Este profissional deve ter formação específica. Para a implantação de uma sala de recursos multifuncionais, é necessário haver um professor para o AEE, bem como um espaço na escola. Cabe ao professor de educação especial identificar, elaborar, produzir e organizar serviços e recursos, bem como o plano de atuação.
Chamou-me muito a atenção os recursos acessíveis apresentados no fascículo e gostaria de saber como funciona a maquete da planta baixa, o que não ficou muito claro para mim.
Leitura de: "A educação especial na perspectiva da inclusão escolar"
Relevâncias sobre “A educação especial na perspectiva da inclusão escolar a escola comum inclusiva”
Este fascículo se fez muito interessante, pois veio conectar todos os assuntos discutidos em aula em apenas um texto, desta maneira me ajudando a consolidar as ligações, que estava fazendo em minha cabeça, entre esses assuntos.
Acho importante trazer a idéia de que temos nossas identidades em constante transição, fazendo assim com que o classificar fique sem qualquer sentido. Trazendo a diferença como um resultado das multiplicidades e não da diversidade.
Também, gosto muito da parte em que se discute o ensino de qualidade como o que envolve todos os participantes, fazendo com que se torne uma rede educacional em torno de uma proposta comum entre as escolas, que vão se modificando conforme as peculiaridades de cada. A partir disso é que conseguimos ver a importância da união entre todos nesse processo (como por exemplo, na elaboração do projeto político pedagógico), pois caso essa união não exista começamos a perceber brechas no ensino, as quais mais cedo ou mais tarde serão prejudiciais.
E para trazer para meu cotidiano, o que mais me chamou atenção foi pelo fato de que as mudanças não vêm pelas leis, não vêm de fora para dentro da escola, mas sim de dentro para fora, pela vontade do coletivo. Isto posto, fez como que eu refletissem mais em minhas práticas no estágio e nas práticas futuras, como professora.
Comentário a respeito do documento “A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola comum inclusiva”
Achei muito interessante este documento, o qual dá forma às orientações da Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e às Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado. Foi possível visualizar ações que permitem a construção de uma escola das diferenças, através de uma educação que garante o direito à diferença e da implantação dos AEEs em escolas comuns, tendo como um dos cernes um ensino diferente para todos, e não adaptado para alguns. A abordagem feita em relação ao Projeto Político e Pedagógico das escolas permite a reflexão sobre a (im)pertinência dos PPPs que já analisamos em escolas nas quais estagiamos. Sabendo-se que a gestão democrática é obrigatória nas escolas, fiquei bastante curiosa para saber as posições dos autores citados (Gadotti e Romão, 1997) no que diz respeito à construção da democracia na escola.
Com relação aos anexos, em que são descritas as etapas de um estudo de caso, acredito que até para elaborar a proposição de um caso seja necessário o aperfeiçoamento da formação. Isso porque é muito difícil vermos uma proposição em que são descritas as habilidades, desejos e preferências do aluno, mas sim uma proposição focada nas dificuldades, deficiências e as consideradas “inadequações ao contexto” em que o aluno está inserido. Certamente, esse tipo de atitude coloca em xeque a autonomia e a emancipação intelectual do aluno, assim como os propósitos que norteiam a Política, as Diretrizes e a efetivação de uma escola comum inclusiva.