Achei muito interessante este documento, o qual dá forma às orientações da Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e às Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado. Foi possível visualizar ações que permitem a construção de uma escola das diferenças, através de uma educação que garante o direito à diferença e da implantação dos AEEs em escolas comuns, tendo como um dos cernes um ensino diferente para todos, e não adaptado para alguns. A abordagem feita em relação ao Projeto Político e Pedagógico das escolas permite a reflexão sobre a (im)pertinência dos PPPs que já analisamos em escolas nas quais estagiamos. Sabendo-se que a gestão democrática é obrigatória nas escolas, fiquei bastante curiosa para saber as posições dos autores citados (Gadotti e Romão, 1997) no que diz respeito à construção da democracia na escola.
Com relação aos anexos, em que são descritas as etapas de um estudo de caso, acredito que até para elaborar a proposição de um caso seja necessário o aperfeiçoamento da formação. Isso porque é muito difícil vermos uma proposição em que são descritas as habilidades, desejos e preferências do aluno, mas sim uma proposição focada nas dificuldades, deficiências e as consideradas “inadequações ao contexto” em que o aluno está inserido. Certamente, esse tipo de atitude coloca em xeque a autonomia e a emancipação intelectual do aluno, assim como os propósitos que norteiam a Política, as Diretrizes e a efetivação de uma escola comum inclusiva.
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