A discussão destes dois conceitos envolve necessariamente o conceito de IDENTIDADE, é nele que encontramos a base para as reflexões a respeito da Diferença e da Inclusão.
A identidade adquire sentido por meio da linguagem e de sistemas simbólicos que a representam, atuando de forma a classificar o mundo e as relações em seu interior (Sistemas classificatórios).
Os sistemas classificatórios, norteados pelas semelhanças/ igualdades, organizam, agrupam e separam as sociedades e suas relações.
Assim sendo, os conceito de identidade e diferença são mutuamente relacionais, um depende do outro. A identidade é marcada pela diferença, e esta é sustentada pela exlusão construída tanto simbólica quanto socialmente.
A reflexão sobre identidade e diferença possibilitou a compreensão de que estes conceitos geram exlusão, e de que a Educação Especial se apresenta como um ideário que NÃO nos reune ou nos aproxima pelas semelhanças/igualdades, mas que viabiliza e prioriza exatamente as diferenças, sem a pretenção de nos homogenizar em categorias, para desta forma se configurar como INCLUSIVA.
Somos todos diferentes, e é exatamente por isso que a Educação Especial trás a proposta de refletirmos sobre a elaboração de políticas educacionais que contemplem a formação de professores, mudanças na organização escolar e das práticas de ensino para que a escola seja realmente para todos.
Bibliografia:
WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In SILVA, Tomaz Tadeu (org.), HALL, S. WOODWARD, K. Identidade e Diferença. A perspectiva dos estudos culturais. Petróplis, RJ: Vozes, 2000.
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